DIAGNÓSTICOS DA SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO

DIAGNÓSTICOS DA SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO

Para realizar o diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos são necessários o exame clínico, o ultrassom ginecológico e exames laboratoriais.

Através da ultrassonografia da pelve, a doença pode ser percebida pelo aparecimento de ovários de volume aumentado e pela presença de mais de 10 folículos de pequenas dimensões (cistos) ao mesmo tempo na superfície de cada ovário. Não sendo a mulher virgem, deve-se dar preferência à técnica de ultrassonografia transvaginal.

É importante definir que esses resultados não se aplicam a mulheres que estejam tomando pílula anticoncepcional. Se houver um folículo dominante ou um corpo lúteo, é importante repetir o ultrassom em outro ciclo menstrual para realizar o diagnóstico corretamente.

Um importante exame laboratorial a ser realizado é a dosagem da testosterona total, nessa síndrome os hormônios masculinos tendem a ser mais elevados que o normal. Outros hormônios devem ser dosados bem como a dosagem da glicemia sérica e curva de insulina que podem se alterar também.

Mulheres que apresentam apenas sinais de ovários policísticos ao exame de imagem sem desordens de ovulação ou hiperandrogenismo (aumento dos níveis dos hormônios masculinos) não devem ser consideradas como portadoras da síndrome dos ovários policísticos.

Dr Jorge Amaral de Oliveira médico ginecologista e obstetra atende exames de ultrassonografia.

EXAMES

A síndrome de ovário policístico (SOP) é uma doença causada pelo desequilíbrio dos hormônios na mulher. Ela pode alterar o ciclo menstrual, causar problemas de pele e ocasionar pequenos cistos nos ovários que por fim podem gerar dificuldades para engravidar entre outros problemas, porém algumas vezes pode ser assintomática. As mulheres descobrem a síndrome entre 20 e 30 anos de idade, mas os primeiros sintomas aparecem logo nos primeiros ciclos menstruais ainda na adolescência. Pacientes que apresentam a doença normalmente têm antecedentes da mesma enfermidade em parentes próximos, como mãe e irmãs, o que configura uma pré-disposição genética ao desequilíbrio hormonal e suas consequências.

O médico algumas vezes já pode conseguir diagnosticar a SOP através da história e do exame físico, porém existem diversos exames que auxiliam no diagnóstico da síndrome. Sinais e sintomas da SOP como surgimento de pelos em maior quantidade e com características e distribuição masculinas, acne, aumento da oleosidade da pele, irregularidade menstrual ou ausência de menstruação, dificuldade de engravidar entre outros podem sugerir o diagnóstico. O exame de sangue auxilia na verificação dos níveis de hormônios como estrogênio, folículo estimulante (FSH), luteinizante (LH), testosterona, tireoide e prolactina. A SOP pode contribuir para o surgimento de muitas doenças também como: Diabetes, alterações do colesterol, aumento do peso e da pressão arterial podendo até causar câncer de útero se não for adequadamente tratada.

Se você faz parte do grupo de risco da doença ou sente algum tipo de desconforto ginecológico, procure o seu médico para realizar os exames necessários. A síndrome dos ovários policísticos tem tratamento e, quanto antes ele for iniciado, menores são as chances de a doença causar danos graves.

Fonte: Manual de orientação em ginecologia endócrina. Federação brasileira das associações de ginecologia e obstetrícia. 2010;6:76-96.

Leia também:

O que é Ovário Policístico.

https://jorgeamaraldeoliveira.com.br/o-que-e-ovarios-policisticos/

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